Após registrar uma queda de 0,1% em agosto, as vendas no comércio varejista apresentaram um crescimento de 0,6% no mês de setembro, impulsionadas principalmente pelo setor de supermercados. De acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (8), no acumulado do ano, o varejo registra um aumento de 1,8%, e nos últimos 12 meses, a elevação é de 1,7%.
Dentre as oito atividades analisadas no varejo restrito, apenas três apresentaram resultados positivos: móveis e eletrodomésticos (2,1%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%). O setor de hiper e supermercados teve o maior impacto do mês, com um aumento de 9,1% em relação ao período pré-pandêmico.
"Este setor tem um peso significativo no indicador, e seu crescimento de 1,6% foi um dos principais fatores que contribuíram para a recuperação do varejo, saindo da estagnação. Isso se deve à priorização das famílias por itens essenciais. Com o aumento da população empregada e da renda disponível, as pessoas estão direcionando seus gastos para hipermercados e supermercados, sem sobrar recursos para outras atividades", explicou Cristiano Santos, gerente da pesquisa.
No período de agosto para setembro, o setor de hipermercados e supermercados representou cerca de 56% do total das vendas no varejo.
Por outro lado, o setor de combustíveis e lubrificantes apresentou o maior impacto negativo, com uma queda de 1,7%. Esse setor, que é o segundo em importância no varejo, registrou uma diminuição da atividade após dois meses de crescimento. O pesquisador destacou que, embora tenha havido um aumento na receita dos postos de gasolina, esse crescimento não foi suficiente para compensar a inflação.
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